quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Plantas entram na febre dos microblogs

Um grupo de estudantes do Programa de Telecomunicações Interativa da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, que havia desenvolvido um sistema que permitia que plantas ligassem para seus donos quando precisassem de água, expandiu o experimento para que o aviso seja dado através de um perfil no serviço de microblogging Twitter.

O site MAKE afirma que para que o invento do grupo autodenominado Botanicalls funcione é necessário o uso de uma placa Ethernet especial da fabricante Adafruit.

Pode ser lido o seguinte esclarecimento no site do projeto, em botanicalls.com/twitter "Botanicalls Twitter responde à questão: O que está acontecendo com sua planta? Ele oferece uma conexão com sua amiga de folhas via atualizações no status online do Twitter que lhe encontrará em qualquer lugar do mundo".

Há também no site um tutorial ilustrado explicando como a conexão pode ser feita, com a ressalva de que o procedimento pode ser difícil para leitores que não entendam eletrônica.

Irônico, Daniel Terdman, do blog Webware, diz que adorou a idéia, ao mesmo tempo que se preocupa com as implicações, já que possui um gato que fica faminto com freqüência e que pode se tornar um estorvo caso consiga uma conta no Twitter.

(no site http://www.geek.com.br/modules/noticias/ver.php?id=17292&sec=3)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O QUE É PSICODELIA?

Texto extraído do EXCELENTE site Plural (http://forum.plurall.org/)
(Apenas fiz uns ajustezinhos aqui e alí).

O QUE É PSICODELIA?

O termo "psicodélico" foi cunhado pelo pesquisador Humphrey Osmond em uma carta endereçada ao autor Aldous Huxley na metade dos anos 50 do século XX. Eles estavam procurando por uma palavra que descrevesse os efeitos de alteração mental provocados por substâncias químicas. Outras sugestões incluíam termos como fanerótimo e enteogênico. Agora tente imaginar expressões como estas: Pink Floyd, o monstro sagrado do rock fanerótimo" ou 1967, o ano da enteogenia. Pensando bem, psicodélico soa um pouco melhor.

Etimologicamente, o termo tem suas raízes no idioma grego. Psicodelia vem de psique (alma) e delos (que remete a Delfos, um dos mais renomados oráculos da Antiguidade Clássica). A função principal dos oráculos era a de revelar o que estava oculto. Portanto, uma tradução aproximada para o termo psicodelia, em lingua portuguesa, seria revelação da alma. Os elementos psicodélicos seriam simbolismos do inconsciente humano, materializados em imagens, sons e diversos outros signos. Isso aproxima a arte psicodélica da arte surrealista. Artistas como Dali, Miró, Magritte e Buñuel seriam gênios psicodélicos. A única diferença entre Surrealismo e Psicodelismo seria que a arte surrealista seria baseada apenas na imaginação criativa, e arte psicodélica seria baseada TAMBÉM no uso de alucinógenos.

A cultura psicodélica começou a se tornar plenamente divulgada entre a população em geral no período que compreende os anos de 1966 e 1967. Isso, graças a divulgadores do quilate dos Beatles e Timothy Leary.
No final dos anos 60, o termo psicodélico se dissolveu em definições divulgadas pela mídia e pelo mercado. Psicodélico passou a ser tudo o que fosse exótico ou contracultural.
Esta concepção enganosa sobrevive até os dias de hoje, quando ouvimos que artistas dos anos 60 como Frank Zappa eram psicodélicos. A música psicodélica (rock psicodélico + acid rock) é aquela relacionada aos efeitos provocados por alucinógenos (como o LSD). A cronologia a seguir traça uma trajetória básica da música psicodélica em seus primeiros anos antes de 1967 (que pode ser considerado, em linhas gerais, como o ano da explosão mundial e estabelecimento da cultura psicodélica).

CRONOLOGIA DA PSICODELIA
1957 - O pesquisador de cogumelos Gordon Wasson grava um ritual de ingestão de psilocibina com uma curandeira mexicana chamada Maria Sabina. Essa gravação é lançada em LP pela Folkway Recordings. É a primeira gravação conhecida de uma pessoa sob influência de drogas psicodélicas. O título do disco é The Mushroom Ceremony Of The Mazatec Indians.

1960 - Eden Ahbez lança Eden's Island, pela gravadora Del-Fi, um álbum com canções oníricas que antecipam muitos termos e maneirismos que se tornariam comuns na primeira era psicodélica. A capa frontal do LP se parece muito com alguma evocação da cultura hippie.

1961 - O filósofo e defensor do LSD, Gerald Heard lança um LP falado intitulado Rebirth, que apresenta ao público vários conceitos psicodélicos.

1961 - O renomado escritor Aldous Huxley grava uma leitura sua em Los Alamos que trata de drogas psicodélicas. Essa leitura é lançada postumamente como Visionary Experience (Gifford Associates, 1969). Uma entrevista com um repórter britânico é gravada ainda em 1961 e lançada em LP nos anos 1970 (Speaking Personally). Novamente, Huxley relata experiências psicodélicas com alucinógenos.

1961 - Uma banda de surf music de Los Angeles chamada The Gamblers lança o compacto Moondawg. No lado B, um número instrumental intitulado LSD-25. A canção, entretanto, não é psicodélica, e o título foi escolhido por um DJ, após a leitura de um artigo de jornal.

1962 - O escritor e filósofo Alan Watts lança o LP This Is It, tido por muitos como o primeiro álbum genuinamente psicodélico. O LP consiste basicamente em música improvisada e canto.

1963 - Membros da cena folk de Boston (Club 47) começam a entrar em contato com drogas psicodélicas, principalmente através de projetos realizados em Harvard, por conta do doutor Timothy Leary. O músico Mel Lyman, membro da Jim Kweskin Jug Band faz apologia do LSD entre jovens da cena folk local.

1964 - A banda The Holy Modal Rounders, de Nova Iorque, lança seu LP de estréia, pela gravadora Prestige. Entre as faixas, está uma versão toda peculiar da canção Hesitation Blues, que contém o primeiro uso conhecido da palavra psicodélico em um contexto pop/folk/rock: I got my psychedelic feet/ In my psychedelic shoes/ Oh Lordy momma/ I got the psychedelic blues.

1965 - Em Los Angeles surge uma banda chamada The Psychedelic Rangers. O baterista dessa banda era John Densmore, que, mais tarde, seria baterista dos Doors. Esse é o primeiro registro conhecido de uma banda de rock'n'roll que clama para si o adjetivo psicodélico.

1965 - 29 de junho: os californianos The Charlatans fazem seu show de estréia no Red Dog Saloon na cidade de Virginia, no Estado de Nevada. Este é o primeiro registro conhecido de uma banda tocando rock'roll sob influência de LSD (muitos na platéia também estavam chapados de ácido). Este evento também é comumente visto como o nascimento dos posters psicodélicos que anunciavam shows de bandas, muito populares nos anos 60.

1965 - julho: Kim Fowley lança o compacto da música The Trip. É considerada a primeira canção pop sobre os efeitos do LSD. Sob um riff repetitivo de guitarra, Fowley vai desfilando um conjunto de imagens alucinógenas: flying dogs and silver cats and emerald rats and purple clouds.

1965 - 27 de julho: primeiro dia de gravação da canção Still I'm Sad, dos Yardbirds. O segundo dia de gravação é 26 de agosto. A canção possui muitos elementos do que mais tarde viria a ser conhecido como psicodelia.

1965 - 30 de julho: É lançada See My Friend, dos Kinks. A canção possui muitos elementos do que, mais tarde, viria a ser conhecido como psicodelia.

1965 - agosto: The Fugs grava o seu primeiro álbum, onde a canção I Couldn't Get High menciona explicitamente o LSD. Este é o primeiro registro conhecido de menção do LSD em uma letra de rock.

1965 - 2 de setembro: O recentemente formado The Doors grava um acetato que contêm canções como Moonlight Drive, End Of The Night e Go Insane.

1965 - setembro: O DJ Godfrey, de Los Angeles, lança a sua versão da música The Trip, de Kim Fowley. Na gravação, ele é acompanhado pela banda Thee Midniters.

1965 - outubro: os Beatles gravam Norwegian Wood, que contêm elementos psicodélicos. Pelo menos dois membros da banda já haviam experimentado LSD até este ponto. A canção faz parte do álbum Rubber Soul, lançado em dezembro..

1965 - novembro: o primeiro ACID TEST (teste do ácido) é realizado em La Honda, California, por Ken Kesey & The Merry Pranksters. A banda local The Warlocks ( mais tarde rebatizado como The Grateful Dead) toca no evento.

1965 - 5 de novembro: Kim Fowley vende cópias remanescentes de seu compacto "The Trip" em LA. O compacto é vendido como tendo um "som psicodélico", um dos primeiros registros de conexão entre esse termo e o rock.

1965 - novembro: Hugh Romney (vulgo Wavy Gravy) e Del Close organizam uma apresentação chamada Lysergic A-Go-Go em LA. Uma banda de rock chamada Summer's Children toca no evento.

1965 - novembro: No Texas, membros do 13th Floor Elevators tomam LSD e formam a banda com o intento explícito de fazer música inspirada no ácido lisérgico.

1965 - dezembro: Os 13th Floor Elevators escrevem Roller Coaster e Fire Engine.

1965 - 4 de dezembro: A banda californiana The Great Society grava as canções Free Advice e Someone To Love. O compacto de vinil contendo essas duas canções é lançado no começo de 1966.

1965 - 22 de dezembro: Os Byrds gravam a primeira versão de Eight Miles High.

1965 - 19 de dezembro: Donovan grava Sunshine Superman.

1966 - janeiro: as palavras psychedelic rock aparecem nos cartões de apresentação dos 13th Floor Elevators. Esse é o primeiro uso conhecido do termo em um contexto pop-rock.

1966 - 21 de janeiro: começa em San Francisco o Trips Festival, que dura três dias. O uso de drogas psicodélicas é generalizado no evento. Esse festival multimídia marca o nascimento de um coerente movimento psicodélico em San Francisco.

1966 - 10 de fevereiro: uma resenha de uma apresentação dos 13th Floor Elevators em um jornal local (Austin, Texas) diz: Os Elevators são únicos e brilham com o seu 'rock psicodélico. Esta é a primeira referência da mídia devidamente documentada aludindo ao rock psicodélico.

1966 - fevereiro: Os Yardbirds lançam o compacto da canção Shapes Of Things.

1966 - 23 de fevereiro: Os Byrds gravam a segunda (e oficial) versão de Eight Miles High.

1966 - março: O Love grava o seu LP de estréia. Algumas faixas contêm elementos psicodélicos.

1966 - 11 de março: O Pink Floyd introduz um jogo de luzes psicodélicas em um palco da Universidade de Essex.

1966 - 14 de março: lançamento do compacto Eight Miles High, dos Byrds.

1966 - 16 de março: os 13th Floor Elevators gravam material psicodélico ao vivo, como Roller Coaster.

1966 - março: É lançado em San Francisco o LP Acid Test, apresentando Ken Kesey & The Merry Pranksters. O conteúdo e a embalagem são 100% lisérgicos.

1966 - março: John Lennon grava algumas demos para o que se tornaria She Said She Said, canção que fala sobre a segunda experiência que Lennon teve com o LSD.

1966 - 6 de abril: Os Beatles começam a gravar Mark 1, que mudaria de título para Tomorrow Never Knows, clássico do rock psicodélico.

1966 - abril: The Dovers, banda de Santa Barbara, California, lança um compacto com a canção The Third Eye no lado A. A referida canção é claramente psicodélica.

1966 - A banda californiana The Vejtables lança o compacto Feel The Music/Shadows, sendo ambas as canções claramente psicodélicas.

1966 - 4 de maio: Brian Wilson começa a trabalhar na confecção de Good Vibrations.

1966 - 13 de maio: Os Rolling Stones lançam Paint It Black, canção que contem elementos que podem ser considerados psicodélicos.

1966 - maio: Bob Dylan lança o LP duplo Blonde On Blonde.

1966 - 30 de maio: Os Beatles lançam Rain, lado B do compacto Paperback Writer.

1966 - 6 de junho: A banda californiana Country Joe & The Fish grava faixas do futuro EP Bass Strings.

1966 - 18 de julho: lançamento do LP Fifth Dimension, dos Byrds.

1966 - julho/agosto: O projeto de estúdio ID, baseado em Los Angeles, grava o LP Inner Sounds, que é lançado em janeiro de 1967.

1966 - agosto: Timothy Leary lança o seu primeiro LP pela gravadora Broadside, uma leitura de The Psychedelic Experience, junto com Ralph Metzner.

1966 - 5 de agosto: O LP Revolver, dos Beatles, é lançado no Reino Unido. Três dias depois, o LP chega nos Estados Unidos.

1966 - agosto: Os Spikedrivers lançam um compacto com o psicodélico lado B, Often I Wonder, em Michigan, Estados Unidos.

1966 - agosto: The Sparrow (a banda pré-Steppenwolf) lança o compacto Tomorrow's Ship/Isn't It Strange, ambas psicodélicas. As canções foram gravadas em junho e julho, respectivamente.

1966 - 17 de agosto: Gravação do LP Holy Music, de Malachi.

1966 - agosto: Rusty Evans & The Deep gravam o LP Psychedelic Moods, em Philadelphia. Este é o primeiro LP com temática consistentemente psicodélica do começo ao fim.

1966 - agosto: O EP Bass Strings, de Country Joe & The Fish é lançado e revisado no fanzine Mojo Navigator.

1966 - setembro: A versão dos Charlatans para Codeine é lançada em compacto. A campanha vende a música como "remedy for a drugged market".

1966 - setembro: Os 13th Floor Elevators gravam Kingdom Of Heaven e Reverberation em um estúdio em Houston.

1966 - setembro: Lançamento do álbum East West, da Paul Butterfield Blues Band.

1966 - outubro: The Monocles, de Colorado, lança o compacto da canção Psychedelic (Where It's At) pela gravadora local Denco. É o primeiro compacto a empregar o termo.

1966 - outubro: Lançado o LP Psychedelic Moods, de Rusty Evans & The Deep. Ao lado do LP The Psychedelic Sounds Of, dos 13th Floor Elevators, é considerado o primeiro álbum a levar o adjetivo "psicodélico" no título.

1966 - 10 de outubro: Lançamento do compacto Good Vibrations, dos Beach Boys.

1966 - outubro: Lançamento do LP Light Of Day, de Pat Kilroy, pela Elektra Records.

1966 - outubro: Lançamento do compacto da canção It's-A-Happening, da banda Magic Mushrooms, de Philadelphia.

1966 - outubro: Lançamento do LP Psychedelic Lollipop, dos Blues Magoos.

1966 - 31 de outubro: Lançamento do compacto Reverberation/Fire Engine, dos 13th Floor Elevators.

1966 - novembro: A banda nova-iorquina Mystic Tide grava faixas psicodélicas em estúdio.

1966 - novembro: O Jefferson Airplane começa a gravar o seu segundo LP, que contêm material plenamente psicodélico. O primeiro LP, que pode ser considerado basicamente de folk-rock convencional, foi lançado em agosto.

1966 - novembro: lançamento do compacto da canção I Had Too Much To Dream (Last Night), dos Electric Prunes.

200 posteres psicodélicos para download:http://rapidshare.de/files/27153404/...sters.rar.html

Viva o lado Ayakamanakam da vida!
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Que trabalho de pesquisa sensacional (sem entrar no mérito de como foi pesquisado)


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Filho feio não tem pai!!


Pois é, senhores e senhoras, meninos e meninas, coisinhas e coisinhos...

DELTA9 PARIU UM BLOG!!

E não é cara de ninguém, não.

Ainda está torto, mancando de um perna ou duas... se não vingar, eu sacrifico o infeliz.
É a Lei da Selva.... grrr.

Conto com seus costumeiros comentários para que essa casinha de sapé não caia e se estruture.

Até.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Oneida - Each One Teach One (2002)

Oneida é uma banda originalmente formada por quatro carinhas do Broklin, NY. Hoje são três:
  • Kid Millions - drums, vocals
  • Bobby Matador - organ, guitar, vocals
  • Hanoi Jane - guitar, bass
Suas influências incluem o rock psicodélico, krautrock, e hard rock, mas a estrutura de suas músicas (sic) extrapolam essas classificações. Seu estilo é muuuuito experimental.

A característica básica encontrada nas músicas (sic) é a repetição. O CD 1 traz duas músicas (sic): Sheets of Easter entra com a frase "You got you look into the" sabe-se lá o que exatamente. Talvez um "sight", "right", ou "night", ou "flight", ou seu-ja-lá-o-que-Deus-quiser que se estende por 14 minutos sem parar...
O grande barato é que os caras bem que poderiam colocar um loop na trilha e pronto. Mas não: eles ficam tocando, sem parar, ininterruptamente a mesma frase, o mesmo riff, com uma ou outra pequena mudança. É como um mantram daqueles encontrados nos templos tibetanos. Mas com muito peso, bateria enlouquecida, guitarra distorcida, teclado ensandecido (aliás daqueles usados nos anos 60, não somente no timbre: eles usam os próprios). O baterista, creio, não tem parte com o demo: tem parte com Keith Moon!
Antibiotics, faz lembrar, como disse um resenhista, uma impressora matricial, daquelas antigas, imprimindo sem parar, um som mais eletrônico. São mais 16 minutos!

O CD 2 é mais "ouvível" (!!). As músicas têm até algo parecido com refrão (!!). Mas não terminam: acabam. Isso quando já não emendam com a seguinte. A música Number Nine (nada a ver com o experimentalismo dos Beatles no álbum branco), faz lembrar, nos vocais, músicas orientais de origem indiana. Sneak Into the Woods quase seria uma balada, quase teria um riff fácil; mas desaba aqui e alí, propositadamente, numa harmonia improvável, e acaba. Rugaru é formada de ritmos quase se desencontrando, um quaternário frankensteiniano, que se revela mais limpo no último minuto.
O improvável rap Black Chamber é quase cantável. Em No Label o teclado manda de forma quase computadorizada.

A grande vantagem das músicas experimentais, desde Ravel e seu repetitivo Bolero, passando por Erik Satie, Stockhauzer, Edgar Varèse, dentre tantos outros, é o rompimento de paradigmas. Qualquer som pode ter uma conotação musical. O som de uma pá sendo calcada num monte de areia é motivo de estudo aprofundado por musicólogos do calibre de Steven Halpern (pesquisem sua obra "Som Saúde", em que ele aborda as técnicas de "massagens sonoras"). Novas percepções de realidade e expressões autênticas de surpreendentes visões de mundo podem ser alcançadas por intermédio das experimentações sonoras e, consequentemente, musicais.
Einstein teria dito que uma mente que se abre para novos conhecimentos, jamais volta ao seu estado original.

Esse álbum do Grupo Oneida foi lançado em 01/01/2002. Certamente muitos lacrimejantes de plantão já conhecem Oneida. Quem não conhece, prepare-se.
Aviso: essa molecada do Oneida sabe o que tá fazendo. Tudo pensado, estudado, elaborado. Se o Kosmos surgiu do Chaos, você entenderá melhor alguns sons simples e singelos da natureza após ouvir Oneida, mas não apenas ouvindo Oneida.

ONEIDA - Each One Teach One

01 - Sheets Of Easter - 14'13''
02 - Antibiotics - 16'36''

CD 2
01 - Each One Teach One - 3'25''
02 - People Of The North - 4'29''
03 - Number Nine - 2'53''
04 - Sneak Into The Woods - 1'58''
05 - Rugaru - 6'33''
06 - Black Chamber - 3'06''
07 - No Label - 4'57''

(sem senha para dowload)

(essa postagem foi feita originalmente no Lagrima Psicodélica em 18/7/07)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Edgar Winter Group

Edgar Winter (nascido em 28/12/1946 em Beaumont, Texas) é um músico americano que teve êxito significativo nos 1970 e 1980. É tecladista, vocalista, saxofonista e percussionista, bem-versado em jazz, blues e rock. É o segundo filho de John e Edwina Winter, que foram muito responsáveis pelo seu sucesso e de seu irmão Johnny. Tanto Edgar como Johnny são albinos.

Quando adolescentes Edgar e Johnny (que é três anos mais velho que Edgar) começaram tocando juntos. Eles tocavam em grupos de blues e R&B, Johnny and the Jammers, The Cristaliers e The Black Plague. Na época do colégio Edgar tinha se tornado muito competente nos teclados, saxofone, baixo, guitarra e bateria.
Após gravar com seu irmão, Edgar assinou seu próprio contrato com a Epic Records em 1970 e gravou dois álbuns de R&B, Entrance e Edgar Winter's White Trash. Em 1972 ele formou o Edgar Winter Group, com Dan Hartman, Ronnie Montrose e Chuck Ruff.
Foi com esta banda que ele alcançou seus maiores sucessos: primeiro com o álbum They Only Come Out at Night, de 1973, que ganhou o número 3 na lista da Billboard Pop Albuns chegando a vender 2 milhões de cópias,
trazendo seu hit nº 1 Frankenstein, com pioneirismo no uso do sintetizador como instrumento principal e que papou o número 1 nos E.U.A em maio de 1973, e a canção top 15 Free Ride, que chegou ao número 14 no mesmo ano; em seguida o álbum Shock Treatment apresentando a música Easy Street.

Algumas curiosidades sobre a música Frankenstein: graças a ela o álbum vendeu mais de dois milhões de cópias; ela tirou a música My Love, de Paul McCartney, que estava em primeiro lugar; ficou no 18º lugar no Reino Unido por um mês. O nome da música foi dado pelo baterista Chuck Ruff, devido o final da música ter sido composto por várias partes da fita de gravação da música cortadas com uma lâmina de barbear e colando os pedaços. O nome inicial da música era The Double Drum Solo, pelo duplo solo de Chuck na bateria e Edgar na percursão. Por incrível que pareça, essa pérola foi incluída no álbum no último momento. (leia essas e mais de 20 outras curiosidades aqui).

Bem senhores perdidos nesse universo virtual, espero que apreciem. Dedico essa postagem a alguns camaradas obscuros, dentre eles Johnny F. (pai, filho e espírito de porco do grande blog Lágrima Psicodélica), Edson D'Aquino (destemido centro-avante do blog Gravetos & Berlotas), ao sombrio 'Ser da Noite' (que sei que é chegado nessas parafernálias setentistas), ao Dione (colaborador do blog LP), ao JH II que já me brindou com maravilhosas pérolas sonoras. A além desses aos ilustres, lustrados e brilhantes frequentadores do Lágrima Psicodélica, a quem, com certo sorriso cínico no canto da boca (e um duvidoso charme que os mais íntimos insistem em negar seu poder), invoco pela alcunha de "lacrimejantes de plantão".

(todas as informações obtidas no Wikipedia, e desprovidas de senso de ridículo pela minha 'tradução livre')



They Only Come Out At Night (1972)


Músicas:
01 Hangin' Around (Edgar Winter/Dan Hartman) 3:03
02 When It Comes (Edgar Winter/Dan Hartman) 3:17
03 Alta Mira (Edgar Winter/Dan Hartman) 3:19
04 Free Ride (Dan Hartman) 3:09
05 Undercover Man (Dan Hartman) 3:51
06 Round & Round (Edgar Winter) 4:00
07 Rock'n'Roll Boogie Woogie Blues (Barbara & Edgar Winter/ Ronnie Montrose) 3:27
08 Autumn (Dan Hartman) 3:01
09 We All Had A Real Good Time (Edgar Winter/Dan Hartman) 3:07
10 Frankenstein (Edgar Winter) 4:46

Quem fez o quê:
Johnny Badanjek - drums
Rick Derringer - producer, bass, guitar, pedal steel, vocals, claves
Dan Hartman - guitar, bass, percussion, maracas, ukulele, vocals
Randy Jo Hobbs - bass
Ronnie Montrose - guitar, mandolin
Steve Paul - organic director
Chuck Ruff - conga, drums, vocals
Bill Szymcyzk - technical director
Edgar Winter - organ, synthesizer, piano, marimba, saxophone, timbales, vocals, clavinet, liner notes.

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SENHA: delta9

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Elastic Band

Não confundir com The Elastic Band, banda de música eletrônica formada por cinco músicos ingleses com músicas ótimas para animar festas (aliás, muito bons, pra quem gosta de 'batidão' eletrônico), e nem com o Elastic Band do excelente saxofonista Joshua Rand.

Nada disso. A Elastic Band que lhe apresento agora foi originalmente conhecida como The Silverstone Set (que saiu de Wrexham, sul da Inglaterra) e apresentou-se pela região Central e Norte da Inglaterra, entre 1968 e 1969. Eles também apareceram no programa Opportunity Knocks sucesso da ABC e Thames Television, apresentado no período entre 1961 e 1978, um programa de variedades em que os artistas apresentados eram votados pelo público. Nesse programa eles ganharam cinco vezes, o que, seguramente, os ajudou a fechar contrato com a Decca. Do álbum que vocês têm em mãos agora (não graças à Decca ou seus sucessores), a faixa Has anybody seen her? também foi incluída na coletânea Nova Sampler, de 1970, da Decca.
A banda terminou em 1969 quando Yeadon juntou-se ao Love Affair. Sean Jenkins acompanharia o grupo vanguardista Henry Cow nos anos de 69-70.

Apesar de a mixagem ser meio escrota,com vocais e teclados muito destacados, as cordas e 'cozinha' lá no fundo, e alguns "(de)efeitos" em estéro... (mamãe!), o álbum vale a pena.
Me parece que o probs não é na ripagem, mas no original mesmo, de 1969 (portanto, devo estar sendo um pouco exigente). Reconheço, no entanto, que os arranjos são bons, especialmente os vocais, que me fizeram lembrar muito a banda The Animals.
O meu inglês se perdeu num desses tantos asteróides pelos quais passei até chegar aqui, portanto não posso falar NADA sobre as letras (acredito serem boas - !!). Espero o comentário de algum comentarista 'undiversificado' sobre elas.

Mother Goose tem um interpretação bem 'sincera'.
O blues Last person in the bar é muito boa, com alguns fraseados de jazz.
Cabtree farm com suas mudanças de tempo e estilão 'psico-american-rock-sixties' é interessante, pena a guitarra não se destacar.
Has anybody seen her traz alguns trechos de flauta transversal à la Jehtro Tull.
Finalmente, em Dear John podemos ouvir melhor a guitarra de Andy Scott em dueto com os teclados à la Doors.
Room full of room, traz uma introdução meio psicodélica com trechos ao contrário e uma pegada um pouco mais agressiva, muito boa para a época. Eu gostei da 'dança' da bateria, de alguns trechos que fazem lembrar música árabe, cossaca, sei lá.
That's nice é uma peça instrumental com ótimo solo de flauta, algumas passagens de guitarra e alguns "yeah" e "c'mons" aqui e alí.
Life still goes on, com seus 'wha-whas', boa linha de baixo e um dueto vocal que faz lembrar um pouco Budgie. Excelente faixa, muito bem arranjada.
Sad jazz traz melancolia em boas passagens de sopros.
Sunrise work till sunset, mais uma vez traz bom destaque para o baixo, compassos quebrados e tal. Outra excelente faixa.

Elastic Band

(não encontrei a capa do álbum)

01 Mother Goose

02 Last person in the bar
03 Crabtree farm
04 Has anybody seen her?
05 Dear John
06 Room full of room
07 That's nice
08 Life still goes on
09 Sad jazz
10 Sunrise work til sunset

Músicos
Sean Jenkins - bateria
Andy Scott - guitarra
Mike Scott - baixo (irmão de Andy)
Ted Eadon (aka Gus Yeadon) - vocal e teclado

baixar

A Elastic Band é uma boa banda, bons músicos. O álbum peca apenas na edição (segundo minha pobre e irrisória opinião).
Os fãs da banda Sweet, têm, ainda, a oportunidade de ouvir uma das primeiras gravações de Andy Scott.
Alguns fãs do Sweet dizem que, depois desse álbum, Andy teria gravado, em 1970, um álbum com a banda Mayfield's Mule, com pegada bem mais hard. Porém, segundo informações do próprio Chris Mayfield (que também é guitarrista), quando Andy chegou à banda eles já haviam gravado o álbum (que não chegou a ser lançado na época). Entretanto, Andy acompanhou o Maylfield's Mule em vários shows.

Em breve postarei o álbum do Mayfield's Mule também.

Divirtam-se.