sábado, 24 de maio de 2008

Blondie - Parallel Lines

Terceiro álbum da banda new age estadunidense Blondie, lançado em 1979 pela gravadora Chrysalis. É o mais popular e o mais vendido trabalho da Blondie (não a loura, mas o grupo). Foi produzido pelo australiano de nascimento Mike Chapman (ex-guitarrista da banda The Blue Things - 1964 a 1968 -, surgida no Kansas, EUA, e um dos gêmeossiameses Chinn-Chapman, quem produziu, também, Sweet, Suzi Quatro, Smoke, Mud's, The Knack, entre outros). O álbum alcançou o número 1 no Reino Unido em setembro de 1978. Contem várias das mais conhecidas músicas do Blondie (não o louro, mas a banda), incluindo Heart of Glass, Hanging on the Telephone, Sunday Girl e One Way or Another. Seis, das doze faixas, foram lançadas como compactos. É colocado pela revista Rolling Stones (o lado supremo da Força) na posição 140 (nem o Kama Sutra tem tantas posições) dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, desde o surgimento da vida inteligente (?) sobre a face do planeta Terra.

Eles, os produtores (e não os Blondies, que vão levando a coisa como dá) querem ganhar uma graninha a mais com os revivals e vão lançar agora em junho/2008 um álbum comemorativo dos 30 anos do lançamento de Parallel Lines.

Agora quem foram os músicos do/a Blondie?

Deborah Ann Harry (Debby Harry), nasceu em 01/7/1945 e adotada aos três mêses por uma família de New Jersey (que está para New York como Guarulhos está para São Paulo, ou não...).
Em meados dos anos 1960 trabalhou como secretária por um ano no escritório da rádio BBC de Nova Iórque, depois foi ser garçonete do Max na cidade de Kansas, dançarina na cidade de Union e ainda coelhinha da Playboy. Uau! Que cu-rri-cu-lo. Essa garota saiu de algum filme de cinema!...
Ela começou sua carreia musical cantando num grupo folk Wind and the Willows, depois no Stilettos, um trio de garotas, em meados dos anos 1970. E, de meado em meado, em meados de 1970 (ainda), resolveu formar o/a Blondie com seu namorado e guitarrista de plantão Chris Stein.
Depois do primeiro álbum em 1976, o êxito comercial seguiu até o final dos anos 1970 e meados dos anos 1980, primeiro na Austrália e Europa, depois nos Estados Unidos. (Pois é: lá como cá).

Chris Stein, nasceu em 05/01/1950 em NY, além de ser co-fundador da banda e seu guitarrista principal, foi produtor do filme de Hip-Hop Wild Style, considerado um clássico do gênero.
Assina, juntamente com Debby e Jimmi Destry, grande parte dos sucessos da/o Blondie. Após um longo e árduo tratamento contra penphygus (o tal do pênfigo, o mal que tem umas variedades no Brasil e é conhecido como fogo-selvagem). Mas ele venceu o mal!! Continua produzindo álbuns e apresentando-se com a/0 Blondie. Casou-se e tem duas filhas.

Frank Infante, é guitarrista, nasceu algum dia em algum lugar que não consegui descobrir (até mesmo porque não fui muito atrás). Antes de tocar para a Blondie (hmm), ele tocava nas bandas The Elegant End e World War III (o cara é um apocalíptico com classe). Juntou-se à banda em 1977 e com ele veio o estilo mais heavy. Com a entrada de Nigel Harrison no mesmo ano, ele deixou o baixo e voltou à guitarra. Contribui com algumas canções excepcionais como Underground Girl, Victor, and I Know But I Don't Know. Ele também é responsável pelas pegadas de guitarra mais populares da banda, inclusive o solo em Rapture.
Tem gravado e excursinado com Iggy Pop, Dinyl, Stiv Bators, Sylvain Sylvain e Joan Jett. As linhas de guitarra do álbum What's Up, do Non Blondies, são dele.

Jimmi Destry nasceu em 13/4/1954, no Brúclim, Nóva Iórque, o tecladista da banda e um dos compositores., desde o primeiro álbum. Veja aqui a relação das trocentas músicas que o cara participou. Não vinha excursionando com a banda desde 2004, mas ainda considerado seu membro oficial. Lançou seu álbum solo Heart on a Wall em 1981.

Nigel Harrison nasceu em 18/4/1951 em Estócpor, Chichér, Ênglan, o baixista da banda. Em meados de 1970 foi baixista de uma banda Local (Farm) em Princes Ráisbôuru próximo de Êilisbíuri, Bãquinrãchéir. Excursionou com Silverhead (banda de glam rock que lançou os albuns Silverhead, 1972, e 16 And Savaged, 1973, liderada por Michael Des Barres que também é ator - fez o papel do Murdoc, aquele com metade da cara queimada, na série MacGyver), no período de 1972-1974. Juntou-se à Blondie em 1977. De 1982 a 1984 fez parte da banda Chequered Past, com Des Barres, Clem Burke, Steve Jones (do Sex Pistols) e Tony Sales. Lançaram um álbum epônimo em 1984. Agora ele toca no The Grabs (ouça aqui no MySpace).

Clement Anthony Bozewski (Clem Burke), nasceu em 24/11/1955, é o baterista. Durante os anos 1980 e 1990 tocou com The Romantics (de quem foi baterista regular entre 1990 e 2004), Pete Townshend, Bob Dylan, Eurythmics, The Tourists, Dramarama, Iggy Pop e Joan Jett, entre outros. Com a alcunha de Elvis Ramone, tocou em show com os próprios em agosto de 1987 e novembro de 2004.
Atualmente toca no Slinky Vagabond with Earl Slick (guitarrista que acompanha David Bowie há tempos, e tocou guitarra no Double Fantasy de Lennon), Glen Matlock (baixista dos Sex Pistols e co-autor de 10 das 12 músicas do álbum Never Mind..., depois substituído pelo Sid Vicious), and Keanan Duffty.

Mas, voltando ao álbum, um comentário interessante: a faixa Heart of Glass, no original tem 3:52. A Chrysalis relançou o álbum com uma versão disco de 5:50. Os relançamentos posteriores continuaram com esta versão. A original é raridade.

Outro lance legal é a guitarra tocada por Robert Fripp (fundador e guitarrista do King Crinsom, para alguns "King Crinsom era ele") na faixa Fade Way and Radiate.

Delta-Pi, minha maninha hiperbólica, ouvindo pela primeira vez I Know but I Don't Know, disse que é um proto-CSS, e que Debby deve ter sido um influência em LoveFoxx. Tremi... e fiquei pensando. Fazer o quê? Não é?
Agora... quanto a Kid Abelha e os Abóboras Selvagens....


Blondie - Parallel Lines 1978
baixe 70MB, 160 Kbps - senha: undiverso

01. Hanging on the Telephone (Jack Lee) – 2:17
02. One Way or Another" (Nigel Harrison, Deborah Harry) – 3:31
03. Picture This (Destri, Harry, Stein) – 2:53
04. Fade Away and Radiate (Stein) – 3:57
05. Pretty Baby (Harry, Stein) – 3:16
06. I Know But I Don't Know (Frank Infante) – 3:53
07. 11:59 (Destri) – 3:19
08. Will Anything Happen (Jack Lee) – 2:55
09. Sunday Girl (Stein) – 3:01
10. Heart of Glass (Harry, Stein) – 5:50)
11. I'm Gonna Love You Too (Joe B. Mauldin, Norman Petty, Niki Sullivan) – 2:03
12. Just Go Away (Harry) – 3:21

Faixas bonus no relançamento de 2001:
13. Once I Had a Love (a.k.a. The Disco Song) (1978 demo) (Harry, Stein) – 3:18
14. Bang a Gong (Get It On) (live) (Marc Bolan) – 5:30
15. I Know But I Don't Know (live) (Frank Infante) – 4:35
16. Hanging on the Telephone (live) (Jack Lee) – 2:21

Coisinhas e coisinhos, seres undiversos... Deixo-lhes com Parallel Lines. Um clássico indiscutível de Blondie, do pós punk new wave que não veio a esse mundo a passeio.

terça-feira, 20 de maio de 2008

SWEET - Live at Marquee Club 1986

Pra quem não sabe o Marquee Club, em Londres, é um lugarzinho meia-boca, de quinta categoria, que entre seus méritos vulgares está o de ser o muquifo (ou melhor, moquiço) onde os Stones fizeram sua primeira apresentação ao vivo, em 12 de julho de 1962. Ele foi aberto em 1958 na rua Oxford, nº 165, sustentando-se com apresentações de bandas de jazz e skiffle. Em 1964 mudou-se para a rua Wardour, nº 90, um lugarzinho um poco melhor que permitiu a apresentação de sujeitos de má reputação típicos do rock inglês do início dos anos 60, com aquela mescla horrorizante de rhytm'n'blues que incomodava pra cacete.
Entre esses carnes-de-pescoço estavam The Moody Blues, The Who, Yes, David Bowie, Jethro Tull, The Jimi Hendrix Experience e Pink Floyd tocando NAS JOVENS TARDES DE DOMINGO como parte do Spontaneous Underground. Em 1961 o proprietário do Marque, Harold Pendleton (quer nome mais inglês que esse?) lançou o Festival Nacional de Jazz em Richmond, Surrey, o precursor do Reading Festival. Você não conhece o Reading Festival? Nunca ouviu falar? Então vai pesquisar, criança...

Visite o site do Marquee. É lenda no rock inglês, como o Savoy Balroom foi no blues e R&B estadunidense.

Já com relação a essa bandinha chamada Sweet, ela tem seu marco na história, embora pouco visitado. No Lágrima Psicodélica tem postagens da discografia completa dos manés. Álbum a álbum, com aquelas resenhas a estilo Delta9, cheias de inutilidades irrelevantes.

Sweet Live at the Marquee Club, London 1986.

Aqui o Sweet estava sem o Brian Connolly e o Steve Priest, vocal e baixo, respectivamente (esses polissílabos paroxítonos não acentuados são espetaculares, não são?). O primeiro saiu primeiro e o segundo... saiu depois!
Priest ainda fez parte do power-trio que lançou três álbuns; então disse "hasta la vista, babies!". Caiu na estrada, perigas ver...

O excelente e pouco incensado guitarrista Andy Scott e o maravilhoso baterista Mick Tucker continuaram. Chamaram o Paul Mario Day, ex-vocalista do Iron Maiden, More e Wildfire e partiram pra estrada, juntamente com Malcolm McNulty, no baixo e com o acréscimo do tecladista Phil Lanzon (antes os teclados eram feitos pelo Andy Scott também).

baixe aqui. sem senha.
84MB, 128Kbps

Essa apresentação realizada no Marquee Club nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro de 1986 (de quarta a sexta, casa cheia) é uma delícia! Faz lembrar muuuito os bons tempos do Sweet. E o vocal de Paul Mario Day, muito na dele, está excelente.

As principais músicas estão alí. Lamento não estarem outras muito boas. Mas pra viagem tá bããooo demais.

Eis as chansons:

01 Action
Claro que o show tem que começar com o grito de guerra "We love Sweet" (aliás, anterior ao "We want Kiss", sabiam?). Daí inicia Action em mais uma de suas inúmeras versões, mantendo sempre a linha fundamental. A gente percebe a diferença no vocal (repito: Paul Day não deve nada a ninguém), mas a guitarra e os backing vocals são os mesmos. A banda já ganha a galera de cara... Agora, se a alavanca do Andy quebrar... ele tá no saco! E outra coisa: como disse com muita propriedade o Steve Priest, a "caixa de força" da banda é mesmo o Mick Tucker... que baterista duca!!

02 Sweet F.A.
Um clássico da banda e um dos primeiros "pokotós" do hard rock. Ecos impecáveis; os mesmos backings vocals, o sincronismo entre o baixo e batera ótimos; os "gritinhos à la Massacration" do Paul Day são um desbunde. Ele se diverte pra caralho (e nós também, por tabela). Os arranjos em sua grande parte estão muito encima dos gravados no álbum Sweet Fanny Adams. Claro, um finalzinho apoteótico...

03 Love is like oxigen / Fanfare for the common man
A música está um pouco mais acelarada e mais hard e... Isso mesmo: eles a intercalaram com o excelente tema clássico do Emerson, Lake and Palmer. Um primor de homenagem, com teclados perfeitos. Embora ficou faltando a parte mais progressiva da música Love is like oxigen (com um pegadinha funk) que eu adoro. O vocal do Paul Day está impecável, interpretação própria e justa, sem diminutas que a superlativem.

04 Restless
O bate-estacas é o mesmo. E o "too late now" que sempre me lembrará "all right now", do Free? E esse Phil Lanzon sabe o que faz nos "ebones and ivorys". E já emendam com a seguinte...

05 No you don't
Se o Steve Priest detonava nos vocais dessa, o Paul Day mandou muito bem. Grande música, grande músicos... e tome "pokotó".

06 Guitar segue
Agora é o rei da alavanca! Sei lá se é improviso... mas que improviso! Jimi Hendrix iria adorar essa barulheira toda. Ou não. (Paulinha é quem sabe...)

07 Someone else will
Você que conhece o som do Sweet, sentiu falta do tema de David Rose (The Striper), de 1962? A gente imagina que a qualquer momento aparecerá um telão com "aquelas bocas"... Isso é um hard rock de primeiríssima qualidade.

08 Drum solo
E tome 3 minutos de solo de batera. (Caralho, esse Mick Tucker sabe bater um bumbo...)

09 Set me free
Sinceridade? Não gostei da introdução. Mas Set me Free é Set me Free! E com alguns trechinhos trash! (ops). E aos dois minutos e poucos um diálogo entre guitarra e teclados "à la Jornal Nacional" (poutz!!). Aos quatro minutos somem os ecos originais cantados pelo Brian e surge um "spiritualized" improvável (mas com gritinhos). E Paul começa a brincar com o público que demora um pouco pra acordar.

10 Ballroom blitz
Para muitos o clássico absoluto do Sweet. Pelo menos é a mais conhecida. Mas perdeu um pouco sem o checklist original (mas nem podia, é ou não é?). Mais um diálogo jazzístico entre guitarra e piano aos dois minutos e meio quando vem uma grata surprêsa: I'm Not Talking, dos Yardbirds. Um barato. E dê-lhe Ballroom Blitz.

11 Fox on the run
Andy Scott anuncia essa como sendo a última do show. Outra "pedra preciosa" da banda. E não é que mostraram o high-pitch? Ainda gosto mais do vocal do Brian Connolly. Mas não tem como deixar de respeitar um vocalista bom como esse tal de Paul Mario Day. E aquele final apoteótico de garotinho que conseguiu perder a vingindade com a Gisele Bündchen?... quando voltam com o Love is like oxigen. E os garotinhos ovacionando... (mamãe quero mais Gisele!).

E assim termina a farra ao vivo. As outras músicas são em estúdio e boas também. Mas estão lhes faltando-lhes glamour! Grana eles tinham...

12 Shot down in flames
É um "pá-túm-túm", sem grandes conseqüências. Me parece um estilo "à la Europe". Peço que me corrijam... Bom solo de guitarra e arranjos vocais, mas, na minha porca opinião, nada além do esperado.

13 Over my head
Claro, bons vocais (me parece com um "fazerzin"), mas muito pop pro meu gosto. Altamente dançável. Tudo equalizado muito igual; deviam ter dado mais destaque para o solo de guitarra, por exemplo; o vocal está um pouco atrás. A linha de baixo é a básica, mas boa. Poderiam ter enfeitado mais.

14 Jump the fence
Já havia sido gravada quando o Sweet era um trio com o Steve Priest. Uma reza com a bateria atrás, marcando, alguns efeitos legais, algumas quebras de compasso, um baixo grave puxando o samba, uma boa virada de bateria, gritinhos, gritinhos, e um pouco de psicodelia. Quando eu achei que estaria partindo para uma pega funk-soul boa... acaba em fade out. Pô. Magoei.

15 Reach out (I'll be there)
É um "pokotó" eletrônico, bem dançante, bem pop. Parece-me que o Sweet estava tentando voltar ao bubblegum, emendando com o hino da pop-bubblegum-soul motown "Reach Out I'll be there". De quem era, mesmo? Ora, mas é claro... The Four Tops!! Música número 1 absoluto em todas as paradas de 1966. Excelente (com os Four Tops).

16 Gunner of love (demo)
Pá-pum, pá-pum, paka-tá, paka-túm...

17 Fire in my heart (demo)
Desperdício de baterista para uma batida tão-tão. Faltou criatividade, mas bons solos de guitarra e arranjos vocais característicos. Em certo ponto da música a tentativa de uma bridge teaser com a batera em "Pá, Pá-pá, Pá, Pá-pá, Pá, Pá-pá", prometendo mas não cumprindo.
18 Action (version 1988)
E mais uma vez a imperecível, imorredoira, inexpugnável Action. Porém, corrijam-me: parece-me o vocal do Brian Connolly, mas um pouco derrubado. Ou então o Paul Day encheu a macaca de porrada! Boa versão, no entanto. Mas esclareço: é a banda do Brian: Brian Connolly's Sweet, ou BC'Sweet.

19 Ballroom blitz (version 1988)
Mais uma versão da banda do Brian. O "checklist" inicial é improvável: "Are you ready Steve? (Fuck you), Andy (haha), Mick (so fucks in hell)". Os fãns mais arraigados poderiam confirmar isso. Aliás, embora o arranjo esteja tão fiel ao original quanto possível, acabou ficando uma merda, salvo pela curiosidade...

20 Action (backtrack version 1988)
E ei-la novamente. Ela, a sempre presente, a invencível, a indestrutível, a inabalável, a onipresente, a ubíqua. Escolha sua versão... Agora, quem canta... não faço a menor idéia!...

Bem, coisinhos e coisinhas. Deliciem-se com essa maravilhosa seleção do Sweet, especialmente (e muito especialmente mesmo) a apresentação no Marquee Club. Aguardo os comentários e críticas colaboradoras. Ou não. Paulinha é quem sabe...

More - Blood and Thunder 1982

Na postagem do álbum Warhead, de 1981, já falei da banda. Esse foi seu segundo álbum. Ainda com Laurie Mansworth (guitarra), Brian Day (baixo), Kenny Cox (guitarra), Paul Mario Day (vocais) e Frank Darch (bateria).

Típico metal dos anos 80, embora os anos 80 ainda cheirassem fralda (e suja!).
Muito bom. Ótimas viradas de bateria; guitarras bem sintonizadas. Power-chords bem power. Vocal sem dever satisfação a ninguém.

More - Blood & Thunder 1982
baixe (37MB, 128Kbps) - sem senha.



01 Killer on the prowl
, tem um vocal poderoso.

02 Blood and thunder, a do título do álbum, tem um pegada bem característica do hard-rock. O vocal algumas vezes faz lembrar muito a tríada Plant-Ousborne-Gillan. Um quase solo de bateria é muito legal, depois emendando com um estilão a la Rock and Roll do Zeppelin, diminuindo o andamento até terminar nos harmônicos de guitarra que insintem em não ir embora.

03 I just can't believe, tem um riff de guitarra que me fez lembrar um pouco os riffs de Andy Scott do Sweet. Aliás, faz lembrar muito o Sweet do final dos anos 70.

04 I've been waiting.

05 Traitors gate, tem um riff pegadô e um jingado pra chacoalhar tudo.

06 Rock and roll, começa devagarinho, daí vem a bateria num crescendo um "repique" (ui) fudido e um vocal estraçalhante à la Led (com backing vocals!). Caraca, esse Paul Day canta muito, que gogó!! Eu ficaria mudo no dia seguinte.

07 I wanna take you, adoreei o riff de entrada dessa música; a guitarra fica atacando nos tons médios... não sei o que me faz lembrar o Kiss dos anos 70. Espero que alguém me diga.

08 Go home, um pouco mais do mesmo; até chegar no meio da música e entrar um vibrato com eco que dá um pouco de psicodelismo na música e uma batera meio tribal; depois... um pouco mais do mesmo.

09 The eye, falando em psicodelia e zoeira, um jogo de canais muito bom. Mas já vi isso em algum outro lugar, e você? O que não desmerece o arranjo nem um pouco. Um solo de guitarra bem nervoso... Baixo e batera super seguros. Agora, se a alavanca quebrar o Kenny Cox vai pro saco. Ah, vai...

10 Nightmare, enfim uma um pouco mais melódica, com um pouco de arpejos e coisa e tal é a romântica do álbum; ao menos na primeira parte da música. Excelente baixo. Maravilhosa bateria, muitas alternâncias rítmicas; muito legal.

Moçada um som altamente recomendável.
Divirtam-se.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Pholhas - Dead Faces (1973)

Sempre gostei do conjunto Pholhas. Conjunto porque na época, banda era banda marcial. Esse conjunto marcou boa parte da minha juventude. Traz-me gratas recordações (caralho, mas que papo mais "tiozão"!! Mas, fazer o quê...).

Esses caras têm um puta som. Arrisco-me a dizer que foram nosso Procol Harum, nosso Afrodite's Childs, só que melhor!
Eu ia encher lingüiça com um monte de conjeturas improváveis e inverossímeis, embora inabaláveis, imorredoiras e imorigeradas, quando deparei-me com essa maravilhosa matéria absorvida sem dó nem piedade do blog muito legal Desabafo País.

Aos mais "afoitos", o link para download do álbum vem ao final do texto. Portanto, com vocês a postagem de Daniel Pearl, lá no Desabafo País:

Recordando "OS PHOLHAS"

Numa fria manhã do mês de junho de 1968, na cidade de São Paulo, Helio Santisteban, Paulo Fernandes e Oswaldo Malagutti haviam acabado de sair da banda “WANDER MASS GROUP” e pretendiam montar outro grupo que tivesse mais a ver com a personalidade musical deles. Convidaram então o amigo Wagner “Bitão” Benatti, guitarrista e vocalista (autor, aliás, da música Tijolinho - um dos grandes sucessos da Jovem Guarda) que já havia tocado com várias bandas mas oportunamente estava sem banda fixa. Como os quatro rapazes tinham a mesma afinidade musical, após algumas conversas e encontros Bitão aceitou o convite e no início de 1969, mais precisamente no dia 18 de fevereiro, fizeram o 1o ensaio juntos sendo essa a data oficial da fundação da nova banda que após quase dois meses de ensaios ainda não tinha nome. Foi então que um grande amigo dos rapazes: Marco Aurélio, o Lelo, sugeriu “PHOLHAS”, que grafado com “PH” ficava um tanto quanto diferente, sendo prontamente aceito sem restrições por todos.

Já com o novo nome a banda fez sua estréia oficial num baile no bairro do Tatuapé em maio daquele mesmo ano e apenas três anos depois, após muitos e muitos bailes com enorme sucesso, o “PHOLHAS” tinha conseguido incorporar ao seu patrimônio uma das melhores aparelhagens dentre os grupos musicais da época e também uma enorme legião de fiéis admiradores. Com essa crescente popularidade era inevitável que o caminho natural das coisas fosse a gravação do 1o disco, o que tornou-se realidade em 1972 quando dois diretores da gravadora RCA Victor foram a um ensaio dos rapazes ficando impressionados com a qualidade instrumental-vocal e as composições da própria banda, a qual havia optado por cantar e compor em inglês, até porque na época 90% da programação das rádios e TVs era de sucessos internacionais e a MPB não tinha a mesma força atual.

O “PHOLHAS” lança então em setembro de 1973 o LP Dead Faces do qual foi extraido um compacto duplo com as canções My Mistake, Pope, Shadow of love e My first girl, que chegou ao 1o lugar das paradas apenas 3 meses após o lançamento, vendendo a fabulosa quantia de 400.000 cópias!, isto lhes concedeu o primeiro disco de ouro da carreira. Nesta época o grande público chegou a pensar que o “PHOLHAS” fosse um grupo americano, coisa que os rapazes sempre fizeram questão de desmentir explicando que eram apenas 4 brasileiros cantando em inglês a fim de internacionalizar mais suas próprias canções, a exemplo do que também fazem hoje em dia alguns grupos nacionais como o “Sepultura”; a seguir vieram as canções She Made Me Cry, I Never Did Before e Forever, todas com vendagem superior a 300.000 cópias, firmando o “PHOLHAS” como um dos maiores fenômenos no cenário “pop” musical brasileiro o que levou a RCA a lançar o LP Dead Faces, em 1975, na Espanha e em toda América do Sul com o título “HOJAS” dando mais um disco de ouro ao grupo.

Em 1977, após 4 anos de seguidos sucessos, a banda (bem como também a maioria dos artistas dessa época) viu-se um pouco perdida no meio da nova onda mundial que surgia e que estava fazendo a cabeça da moçada: a “discotheque”, tipo de música “mecânica” que reinou absoluta em todas as casas de “shows”, clubes, rádios e TVs durante um bom tempo. Os rapazes do “PHOLHAS” não estavam dispostos a fazer esse tipo de música, que nada tinha a ver com a filosofia do grupo, preferindo dedicar-se mais à montagem do próprio estúdio de gravações e ensaios, mas por força de contrato e cedendo às fortes pressões da gravadora lançaram o LP “O som das discotheques” contendo “covers” dos principais sucessos do gênero chegando a vender 150.000 cópias. Nessa época o tecladista Hélio Santisteban resolveu fazer carreira solo e em seu lugar entrou outro grande tecladista: Marinho (Mario Testoni Jr.) ex “Casa das Máquinas”. Este fato fez com que o “PHOLHAS” experimentasse uma mudança radical no trabalho que até então vinha fazendo, sendo lançado no final de 1977 um dos melhores discos já elaborados pelo grupo, totalmente voltado para o rock progressivo com “pinceladas” do bom e velho rock’n’roll tradicional e tudo cantado em português, da maneira como os rapazes já vinham querendo fazer a algum tempo. O LP não chegou a ter uma vendagem igual aos anteriores mas acabou virando “cult”e ainda hoje é muito disputado pelos colecionadores.

No ano seguinte, em 1978, é a vez de Oswaldo Malagutti deixar a banda para dedicar-se exclusivamente ao estúdio de gravações, sendo substituido pelo excelente baixista João Alberto, que como Marinho Testoni também tocou no “Casa das Máquinas”. Para quem não sabe o modesto estúdio de gravações do Oswaldo tornou-se hoje um dos maiores e melhores estúdios da América Latina : MOSH STUDIOS. Bitão, Paulo, João Alberto e Marinho, esta formação permaneceu até o final de 1979 quando o tecladista Hélio Santisteban retornou ao grupo e os rapazes resolveram retomar o antigo esquema de trabalho que os consagrou cantando e compondo em inglês lançando então o LP “Memories” no início de 1980. Alguns meses depois, com a saída de Marinho em 1981, o “PHOLHAS” teve a última e definitiva mudança, que é a formação atual: Bitão - guitarras e vocais - Paulo Fernandes - bateria e vocais - Hélio Santisteban - teclados e vocais - João Alberto - baixo e vocais.


Pholhas - Dead Faces 1973
(46MB, 160 Kbps)



baixe aqui.

No arquivo estão todas as letras e suas traduções.
Divirta-se.

domingo, 11 de maio de 2008

MORE - Warhead (1981)

Se você gosta de heavy metal essa banda vai lhe agradar.



A banda era formada por Laurie Mansworth (guitarra), Brian Day (baixo), Kenny Cox (guitarra), Paul Mario Day (vocais) e Frank Darch (bateria). Excelentes guitarras, destaque para o baixo na faixa We Are The Band. Você pode estar super familiarizado com o "pokotó-pokotó-pokotó", mas em 1981 ainda tinha sua aura de novidade, e I Have No Answers tem um bom galope. Se quebrar a alavanca da guitarra do Kenny ele tá ferrado, hahaha. Gostei da Road Rocket, que me fez lembrar um pouco o KISS dos anos 70, e com um "gritinho agudo" no início, "à la Massacration"!! Way Of The World também é outra para chacoalhar o esqueleto... e dê-lhe falsete!

Paul Day foi o primeiro vocalista do Iron Maiden nos anos 1975-76 e em 1985-86 foi vocalista da banda Sweet (com Mike Tucker e Andy Scott), inclusive em sua apresentação no Marquee Club de Londres em fevereiro de 86 (aliás, muito boa).

MORE
Warhead (1981)
37MB - 128 Kbps - baixe (sem senha)



01. Warhead
02. Fire
03. Soldier
04. Depression
05. Road Rocket
06. Lord Of The Twilight
07. Way Of The World
08. We Are The Band
09. I Have No Answers

Bom som. Depois desse álbum ainda veio o Blood & Thunder. Pena que a banda não produziu mais. Aqui você pode obter mais informações (em inglês).

sexta-feira, 9 de maio de 2008

The Galo Power - demos.

Eles são de Goiânia. Eu amo Goiânia, e você?...

É um power trio. Fazem um som muito legal, mas - preciso dizer - ainda incipiente, podendo crescer muito.
Mas tá valendo, gostei do som deles e acho que vai o que falar...

Conforme eles se auto-descrevem-se a sí mesmos em suas próprias palavras:

Antes mesmo da banda existir nós tinhamos as mesmas rotinas e acabávamos ouvindo as mesmas músicas também e assim terminamos por aprendar a gostar do que o outro ouvia.
Nossa rotina matinal era ouvir
Led Zeppelin para ver se animava a ida pra faculdade, às vezes Beatles... Na nossa casa as mais tocadas eram sempre as do Black Sabbath, Iggy Pop and The Stooges, Deep Purple, Kings Of Leon, David Bowie, The Who, música popular brasileira em geral (Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cartola, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Zé Keti) UFA!!... até que enfim decidimos nos unir, Brunão D'Arapuca e Evandro Catrina pra montarmos essa banda e som acaba misturando muita coisa mas, não... o melhor rótulo mesmo é de Rock N' Roll, sem tirar nem por!!

Sem padrões e sem escrúpulos; simplicidade vinda das mentes complexas; inúmeras influências em comum na busca do som próprio; fuga total de rótulos.
Guitarras estridentes, vocal de bêbado sóbrio, baterias nervosas e baixos poderosos.
Enfim, antes mesmo de o trio existir os primos
Gal(l)o (Bruno e Evandro) já carregavam o título apenas fazendo o dueto nervoso, morando na mesma casa, tendo quase as mesmas rotinas.
Até que enfim se encontra o "
Power" do The Galo... Rodolpho entrava com seu baixo poderoso. Não precisávamos de mais nada. Apesar de sempre ensaiar menos que o normal, isso não é menos que o necessário. Vale conferir a energia do power trio ao vivo! Letras interessantes, sempre referindo ao poder das amizades, natureza e (lógico), a boa e bela influência do rock'n'roll.

The Galo Power:
Bruno Thiago Rodrigues Gallo - Bateria / Guitarra / Voz / Violão / Outro
Evandro Luiz Galo Junior - Bateria
Rodolpho Gomes - Baixo



Baixe as demos clicando sobre o nome da música. Estão no formato WMA.

* 13th Floor
* A crazy player for a drunk guitar
* The killing show

Se quiser mais, baixe outras músicas dos caras no Trama Virtual.

Escrevi para o Rodolpho Gomes dizendo que a mixagem não ficou muito boa, e ele respondeu dizendo:

Esse lance da mixagem nós já sabiamos, sabendo q se tratava de uma demo e q o orçamento tava curto, hehehe. com o perdão do trocadilho, o baixo ficou muito baixo, mas quando se escuta em uma som alto dá pra distinguir mais o som. mas o q agente quer mermo é mostrar a cara. Somos de Goiânia, uma cidade com uma cena crescente de rock, e muitas das vezes vemos muitas bandas q possuem potencial, porém se não tiverem muitos amigos, ou os amigos certos, acabam não tocando em nada. Eu agradeço mesmo a força q vcs tão dando ai, logo agente vai gravar em um estúdio mais massa e com certeza mandaremos mais material...

Temos comunidade no orkut q é essa ai: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=33707724. outro contato com agente é co e-mail do bruno (gallo.power@hotmail.com). O nosso problema maior é esse, o de conseguir rotular a banda, eu escuto de punk até folk tipo simon e garfunkels,o bruno curte muito led e Jimmy, o evandro escuta de punk até cartola, então conseguimos colocar tudo isso que ouvimos, e acaba saindo o nosso som bem característico.


Muita força pra moçada...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Alimento para todos!

RECEBI ESSE E-MAIL... Pode muito bem ser adaptado às diferentes regiões do Brasil.

What is eaten in one week:

This is one of the most interesting e-mails I've ever received.
Take a good look at the family size and diet of each country, and the availability and cost of what is eaten in one week.


1 - Germany: The Melander family of Bargteheide

Food expenditure for one week: 375.39 Euros or $500.07

2 - United States: The Revis family of North Carolina

Food expenditure for one week $341.98

3 - Italy: The Manzo family of Sicily

Food expenditure for one week: 214.36 Euros or $260.11

4 - Mexico: The Casales family of Cuernavaca

Food expenditure for one week: 1,862.78 Mexican Pesos or $189.09

5 - Poland: The Sobczynscy family of Konstancin-Jeziorna

Food expenditure for one week: 582.48 Zlotys or $151.27

6 - Egypt: The Ahmed family of Cairo

Food expenditure for one week: 387.85 Egyptian Pounds or $68.53
7 - Ecuador: The Ayme family of Tingo

Food expenditure for one week: $31.55
8 - Bhutan: The Namgay family of Shingkhey Village

Food expenditure for one week: 224.93 ngultrum or $5.03
9 - Chad: The Aboubakar family of Breidjing Camp

Food expenditure for one week: 685 CFA Francs or $1.23

Food for thought, huh?

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Bando do Velho Jack

Uma menina me ensinou muita coisa do que sei. A ela sempre serei grato. E ela nem sequer desconfia...
Como ser feliz ganhando pouco foi uma dessas coisas que ela me ensinou.

Estou muito contente em poder oferecer a todos os admiradores do bom e velho rock'n'roll o som do Bando do Velho Jack.

Pra quem não sabe quem são-los, eis a biografia que capturei no site dos caras:

Em 1995, quatro músicos e amigos se uniram para tocar e ouvir juntos o rock’n’roll dos anos de 1950, 1960 e 1970. O resultado não poderia ser diferente. Surge uma das bandas mais importantes do cenário do rock sul-mato-grossense:

O Bando do Velho Jack, formado, inicialmente por Alex Batata (guitarra e voz), João Bosco (bateria), Marcos Yallouz (baixo) e Fábio Brum (guitarra). Os dois primeiros, ex-integrantes do grupo de heavy metal Alta Tensão, e os dois últimos, da Blues Band.

Com composições próprias e interpretando sucessos de bandas clássicas do rock, o Bando inicia carreira apresentando-se em bares e eventos em Campo Grande e interior de Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 1997, acontece primeira mudança na composição: Fábio Brum é substituído por Fábio Terra. Em junho, outra mudança, mas que deixou marcas tristes: o vocalista e guitarrista, Alex Batata, é assassinado enquanto estava à espera da esposa na saída de seu trabalho.

Demorou um tempo para que o grupo voltasse à ativa. Com o apoio dos fãs, iniciam uma nova fase, com a entrada dos músicos Rodrigo Tozzette (guitarra e vocal) e Gilson Júnior (teclados). Em 2000, Gilson deixa o grupo e é substituído por Alex Cavalheri.

Desde então, O Bando do Velho Jack é composto por: Rodrigo Tozzette, Fábio Terra, Marcos Yallouz, João Bosco e Alex Cavalheri. Sob a influência de grupos como Grand Funk Railroad, Doobie Brothers, Free, Allman Brothers, Lynyrd Skynyrd, Black Oak Arkansas ou os brasileiros Mutantes, Peso, Casa das Máquinas, Tutti Fruti, Made in Brazil, o grupo reúne estilos diferentes e um trabalho de qualidade traduzido pelos inúmeros shows realizados em Mato Grosso do Sul e outros estados como Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, e pelos cinco CDs produzidos ao longo de sua carreira.
Esses carinhas mandam muito bem. Tudo na medida. Se vocês gostam de Made in Brazil, Blues Etílicos, Celso Blues Boy, guitarras que choram, vocalistas que suplicam ao altíssimo para que seus corações não despedacem por se entregarem tanto às interpretações, que a qualquer momento podem acabar caindo de joelhos no palco misturando suas lágrimas e seu suor na mais limpa interpretação de um bom e velho blues; se gostam dessa praia, fiquem de lado porque a onda vem forte... (Aos improváveis admiradores de meus toscos comentários faixa por faixa, cedo-lhes a palavra para dechavar o chuin...)

PROCURADO (1999)
DOWN (128Kbps - 53 MB - sem senha)


COMO SER FELIZ GANHANDO POUCO (2002)
DOWN (128 Kbps - 64 MB - sem senha)


AO VIVO E ACÚSTICO NO SOM DO MATO (2004)
DOWN (128 Kbps - sem senha)


BICHO DO MATO (2007)
DOWN (128 Kbps - 55MB - sem senha)



Vamos pular, elevar nossas almas e chorar em segredo ouvindo esse puta som!!
Abração ao pessoal do Bando do Velho Jack. Valeu Fabio "CORVO" Terra!!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Sempre gostei dos Beatles.
Apesar de não serem os melhores músicos de rock (Yardbirds tinham mais talento, The Who mais atitude, sei lá... poderíamos alongar a lista e o que não faltam são comentários sobre esse tema).
George Harrison disse que eles tiveram muita sorte.
Quem sou eu para desdizê-lo.
George Martin (o gênio oculto) disse que o grande valor deles era a criatividade, a experimentação.
Quem sou eu para desdizê-lo.
Um fato inegável é que a música pop surgiu COM eles; e o videoclipe também.
George Harrison, no livro Anthology disse que eles foram pilhados.
Quem sou eu para desdizê-lo.

No vídeo abaixo, retalho do filme "Let it Be", vejo em Ringo Starr a mais completa tradução dos Beatles, não em sua criatividade ou musicalidade, mas em sua expressão do consciente-inconsciente-coletivo. Ele, sem máscaras, alí... em sua inexpressável expressão... ocultado pelo enquadramento da câmera... direcionando claramente sua emoção... Ele, Ringo, é o arquétipo do "conjunto Beatles", não no sentido de "banda", mas no sentido de "reunião das partes que formam um todo", da imagem de sua geração Beatle.

Esse trecho, esse recorte... melhor: esse "retalho" da filmagem, mostrou-me uma síntese do trabalho do conjunto. Especialmente quando John canta trechos de "Help" e "Please, please me", após duas tentativas de introdução de "Get Back" e "I've got a feeling".

Esse retalho me fez pensar em muitas coisas... Especialmente que era necessário ter muito saco para aguentar John e Paul chapados.



Será que eu posso alimentar a esperança de ainda ver longos trechos da gravação de "Abbey Road"?